Especialistas alertam para o corte de glúten e lactose na alimentação

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Cada vez mais é possível encontrar opções nos restaurantes e nas prateleiras de supermercado de alimentos livres de glúten e de lactose. A dieta sem glúten, por exemplo, tem sido propagada como uma solução para se ter mais saúde e emagrecimento. Porém, segundo alertam especialistas, retirar totalmente esses produtos do cardápio sem que se tenha uma real necessidade – como intolerância ou alergia a essas substâncias- pode não surtir o efeito desejado e até mesmo privar o organismo de energia e nutrientes necessários ao seu funcionamento.

“No dia a adia, há o exagero. O glúten é uma proteína presente em alguns cereais, principalmente no trigo, na aveia e na cevada e acabou virando moda essa questão de que se você cortar o glúten vai emagrecer, porque faz bem, porque o glutén é ruim. Na verdade ele não engorda. São os carboidratos que engordam. O glúten está presente nos carboidratos comuns, na massa, no pão, pizza, salgadinho, bolos, cerveja…Então, quando a pessoa fala ‘Vou tirar o glúten’, ela retira todos os carboidratos normais. Se a pessoa substituir pela farinha de arroz ou de milho e comer muito dessas farinhas, vai engordar do mesmo jeito”, desmistifica o médico endocrinologista Felippo Pedrinola em entrevista na clínica Trasforma, no Cidade Jardim, em São Paulo.

O glúten pode ser prejudicial ao organismo mas, comprovadamente, apenas para aqueles que sofrem de doença celíaca (adultos e crianças geneticamente predispostos que estão dentro de uma parcela de 1% da população). “Na doença celíaca, a pessoa nasce sem a enzima capaz de digerir o glúten, então quando ela come essa proteína o sistema imunológico a ataca. Isso acaba lesando as paredes do intestino, que têm estruturas chamadas vilosidades, responsáveis pela absorção dos nutrientes. Como consequência disso, há prejuízo da absorção de ferro, cálcio, vitaminas e a pessoa pode ter desnutrição, anemia, emagrecer rapidamente, apresentar diarréias crônicas e cólicas”, explica. Somente nesses casos a dieta deve ser completamente restrita de glúten.

Há, ainda, pessoas que não sofrem de doença celíaca, mas que têm intolerância ao glúten. Elas passam mal quando consomem a proteína – diarreia e gases são sintomas comuns –, mas não têm o intestino danificado e não sofrem de uma doença crônica. Esse quadro pode aparecer em qualquer um e em qualquer fase da vida, mas ainda não está claro o motivo pelo qual isso acontece. “Com o passar do tempo, pode acontecer da pessoa apresentar um pouco de intolerância, aí você faz o teste de sangue ou então se a pessoa está se sentindo ruim, estufada, com gases, faz uma dieta sem glúten para ver se ela se sente melhor; se melhorar, pode ser sinal de um certo grau de intolerância, que não é a doença celíaca. Aí não precisa retirar totalmente, é só diminuir o excesso”.

Fonte:  A Critica

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