Como ler os rótulos das embalagens de alimentos
Os rótulos presentes nas embalagens dos alimentos e bebidas apresentam uma série de informações importantes para você. Mas você sabe mesmo o que elas significam?
Para esclarecer alguns detalhes sobre esse assunto, convidamos a nutricionista Dyandra Loureiro.
Os primeiros da lista
Observe a lista de ingredientes do produto. Eles estarão em ordem decrescente, isto é, o primeiro ingrediente é aquele que está em maior quantidade e o último, em menor quantidade. Segundo a nutricionista, ler com atenção é o primeiro passo para se fazer uma boa escolha na hora da compra. “O público deve preferir aqueles produtos com menor quantidade de itens e aqueles que contêm poucos nomes desconhecidos, os aditivos químicos”.
Informações obrigatórias
Alguns itens sempre farão parte dos rótulos, como a lista de ingredientes, origem, lote, prazo de validade e o conteúdo do produto.
Dica: Alguns produtos já possuem uma tecnologia chamada Rastreabilidade Ativa, desenvolvida pela Tetra Pak. Na prática, ela é um código exibido nas caixinhas que você pode usar para descobrir toda a origem do produto. Neste caso, você consegue acompanhar o produto desde a fazenda, a produção e até o pallet em que o lote do leite estava no supermercado.
Os produtos exibem também informações de caráter nutricional:
- Porção: é a quantidade média do alimento que deve ser usualmente consumida por pessoas sadias.
- Percentual de Valores Diários (%VD): é um número em percentual que indica o quanto o produto em questão apresenta de energia e nutrientes em relação a uma rotina alimentar composta por 2000 calorias.
- Medida caseira: Indica a medida normalmente utilizada pelo consumidor para regular alimentos. Por exemplo: fatias, unidades, pote, xícaras, copos, colheres de sopa.
De olho na alergia
Os rótulos possuem também as informações nutricionais complementares. “Elas são geralmente destinadas a portadores de determinadas doenças, como os alérgicos, celíacos e diabéticos”, explica Dyandra. Os dizeres “contém glúten” ou “não contém glúten”, teor reduzido de açúcares, gordura ou determinado nutriente (alimentos diet e light) também são indispensáveis para aqueles que possuem alguma restrição.
Há também os casos em que as embalagens afirmam que o produto “pode conter traços de” amendoim, amêndoas, soja e leite. “Os rótulos devem conter esta informação sempre que o fabricante não pode garantir a ausência de qualquer alérgeno alimentar não adicionado intencionalmente, mas que entrou em contato com o produto durante a produção ou manipulação do alimento”, conta a nutricionista. Dependendo do grau de alergia, esta pequena fração pode desencadear reações graves como, por exemplo, a anafilaxia. “Por isso, alérgicos à substância indicada na embalagem devem sim evitar o consumo”.
O que é light de verdade
O produto light apresenta quantidade reduzida de algum nutriente (açúcares, gordura, colesterol, sódio, etc.) ou valor energético (calorias), quando comparado à sua versão convencional.
“Para ser considerado light”, afirma Dyandra, “ele precisa apresentar redução mínima de 25% no valor energético ou de algum nutriente, ou ainda, ter diferença maior que 40kcal/100g (produtos sólidos) ou 20 kcal/100ml (produtos líquidos) quando comparado a produtos similares convencionais”.
E os integrais?
“Hoje não existem critérios na legislação sanitária para produtos integrais”, conta a profissional. “Porém, está em análise um projeto de lei que sugere a determinação de alimentos integrais àqueles que possuam pelo menos 50% de matéria prima integral na composição. Enquanto aguardamos essa decisão, sugerimos que os consumidores fiquem atentos à lista de ingredientes e escolham alimentos integrais que possuam como primeiro item da lista de ingredientes algum cereal integral”, afirma Dyandra.
Fonte: Nutrição prática & saudável