Profissionais orientam como sair do sedentarismo sem por a saúde em risco

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Iniciar atividades físicas não é apenas vestir uma roupa leve, um tênis e seguir as instruções dadas na academia. A conclusão é do médico do Hospital Geral do Estado (HGE), John Herbet de Castro Dias, que sentiu na pele, melhor, nos ossos e músculos, as consequências de não descobrir seus limites físicos e teve que parar com os exercícios por no mínimo sete meses.

Por não ter iniciado com as atividades físicas recentemente, o médico acreditou que poderia intensificar os exercícios para buscar melhores resultados em corridas de ruas, febre esportiva em Alagoas. “Eu entrei em um grupo de corrida e pedi para intensificar meu treinamento. Foi quando sofri uma fratura no côndilo medial direito [ligamentos do joelho], que me obrigou a não fazer mais esforço físico por sete meses”, recorda John Herbert.

Entretanto, esse não foi o único trauma vivido pelo esportista. “Também acabei sofrendo uma epicondilite, devido à sobrecarga repetitiva dos músculos flexores do antebraço. Daí eu tive que ficar três meses sem poder segurar qualquer peso e tive que buscar tratamento com o fisioterapeuta”, lamenta.

Segundo o fisioterapeuta da Unidade de Dor Torácica do HGE, Giseldo Lins, a avaliação cinético-funcional é de fundamental importância para que se possa traçar objetivos dentro de cada caso clínico. “A elaboração de um programa de exercícios específicos, conforme cada patologia e suas limitações, é essencial para que se possa evitar lesões e traumas. Praticar exercícios físicos traz diversos benefícios a saúde, porém é preciso descobrir suas restrições funcionais”, ressalta.

E sanar as carências nutricionais também. A nutricionista esportiva Aline Ribeiro, também plantonista no HGE, explicou que a nutrição pode otimizar o desempenho, reeducar a alimentação, reduzir a fadiga e permitir a intensificação do treino. “Nós elaboramos estratégias, cardápios e até planejar a hidratação e reidratação. As deficiências nutricionais podem reduzir a habilidade para realizar exercícios físicos”, alerta.

Todavia, antes mesmo de procurar um educador físico e um nutricionista, a cardiologista Ana Nery Rodrigues apela que o aprendiz de atleta procure descobrir seus fatores de risco e o estado de sua musculatura e ossos. “É preciso ser feito um eletrocardiograma, um teste ergométrico, um ecocardiograma. Realizar exame físico, medir pressão arterial, ritmo cardíaco, avaliar as válvulas do coração. Essas informações são extremamente importantes para a montagem do programa que será feito pelo personal trainer”.

E não adianta estar bem nutrido, com o coração saudável, mas com falhas no aparelho locomotor. “É necessária uma avaliação completa. Os músculos recobrem os ossos e articulações se estiverem fortes irão contribuir para a estabilidade. Se estiverem encurtados podem limitar o movimento e se estiverem fracos podem sobrecarregar o trabalho dos ligamentos e articulações. Portanto, é importante que o movimento aconteça dentro da amplitude considerada normal. Em longo prazo, a sobrecarga imposta às articulações pode levar à microtraumas, ruptura de ligamentos e destruição da cartilagem articular”, explica o ortopedista Rogério Barbosa.

“Bom, eu já aprendi. Infelizmente só após todo o sofrimento que vivi, eu procurei todos esses profissionais. Agora eu corro 4 km duas ou três vezes na semana, porque também aprendi que não tenho preparo para correr assim todos os dias. Hoje estou me preparando para voltar ao circuito de corridas, com uma musculatura, estrutura óssea e nutricional muito mais preparada. Que venham as medalhas”, disse corredor.

Fonte: Alagoas Tempo Real

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