A estagnação do desempenho na corrida

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A estagnação da corrida

A evolução dentro dos treinos, para muitos corredores depois de alguns anos ou até meses correndo, é pouca ou praticamente zero. Quem entra para o mundo da corrida, sem exceção, quer sempre melhorar a performance, porém esbarra em fases de estagnação. Se o tempo nas provas não baixa após incansáveis dias de treino ficamos decepcionados e temos uma série de questionamentos sobre se o que faz está certo. Antes de mergulhar em desânimo completo e radicalizar é importante refletir sobre alguns pontos.

O princípio da “treinabilidade” diz: “quanto menos treinado for, mais treinável é. Quanto mais treinado for, menos treinável é”. Ou seja, o sedentário pode melhorar a condição física e atingir novos patamares com mais facilidade que um corredor que treina há meses ou anos. Para certificar-se que o princípio é válido, relembre e visualize o processo de treinamento pelo qual passou, desde o início até hoje.

Não podemos em hipótese alguma descartar o potencial genético de cada corredor. O ser humano tem um corpo com determinadas características genéticas, que podem ou não aceitar passivamente os genes recebidos. São herdadas pelos filhos parcelas do tipo físico dos pais e essa contribuição genética tem grande impacto no peso, altura, percentual de gordura e até no padrão de fibras musculares lentas ou rápidas.
Há também fatores comportamentais que interagem com a constituição genética. Observe o quê e o quanto comeu e a quantidade de exercícios realizados ou não desde o nascimento até hoje. Isso significa que alguns corredores fazem dez quilômetros com certa facilidade treinando duas ou três vezes por semana, enquanto outros treinam quase todos os dias e não melhoram da mesma maneira. Tenha certeza de que há relação direta com o limite genético.

É possível determinar o potencial genético do indivíduo como em testes através das digitais da mão e outras informações antropométricas sem questionar a avaliação. Outra forma que, na minha opinião é exagero, seria por meio de biopsia muscular. Nesse procedimento, são avaliadas as quantidades de fibras rápidas e lentas que os músculos possuem.

Outro ponto fundamental da reflexão está intimamente ligado à teoria do treinamento. Há três variáveis: volume (quanto treina por semana em quilometragem), intensidade (determina ritmos e distribuição na programação) e frequência dos treinos (quantas vezes treina por semana). Esse treinamento necessita um treinador e outros profissionais que irão otimizá-lo, gerando um estímulo ideal para se aproximar ao máximo do potencial genético.

Por fim, um conselho: tenha como meta buscar a condição ideal na prática da corrida. Porém não encare o ideal como o perfeito. O “seja perfeito” para os psicólogos é uma ordem interna que nos deixa neuróticos, fazendo com que nos tornemos reféns de cobranças e resultados. Essa atitude limita o prazer.

Procure sempre o melhor ou estar próximo dele. Muitas vezes, a condição ideal que temos está distante da que projetamos, mas é o melhor naquele momento. Lute para melhorar sempre, mas quando isto não acontecer não encare como o fim do mundo. Enxergue os pontos positivos que a corrida agregou até hoje e com certeza, irá visualizar a sua grande evolução na corrida.

Fonte: Aulus Sellmer – da Webrun

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