Dieta dos homens da caverna ganha adeptos mundo afora

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Nova York, EUA. O que é mais pré-histórico, a cidra de maçã ou uma margarita de morango? E aquele regime de beleza matutino? Óleo de coco ou de castor para restaurar o brilho neoneandertal do rosto de uma mulher?

Para quem ainda não conhece, a famigerada dieta paleolítica – um regime baseado em carne de pecuária extensiva, ovos caipiras, frutas e vegetais frescos e castanhas, ao estilo de nossos ancestrais das cavernas – pode parecer só mais uma moda das dietas com pouco carboidrato. Mas, ao que tudo indica, a paleolítica converteu-se em um estilo de vida inspirado nos homens da caverna que ajuda a alimentar uma indústria crescente.

Agora, já existem revistas chiques sobre o estilo de vida paleolítica, conferências como a Paleo f(x) com paleopalestrantes e diversos produtos paleolíticos, além de colônias de férias que funcionam como uma imersão de cinco dias em tudo o que existe de paleolítico. Também existem livros, bonecos de ação, produtos de beleza, bebidas, máscaras de dormir, sapatos “descalços” e roupas Paleo.

Obviamente, a cultura do paleolítico já angariou defensores famosos, como o ator Matthew McConaughey e as atrizes Megan Fox e Jessica Biel. ‘matrix’. “A saúde ancestral”, para utilizar um termo popular entre os paleoseguidores, virou uma febre. Para eles, o paleolítico é um estilo de vida, um prisma filosófico que ilumina tudo: da criação dos filhos ao filtro solar.

“É como a pílula vermelha ou a azul do filme ‘Matrix’; quando você toma a vermelha, não dá mais para voltar atrás”, afirmou Karen Phelps, jornalista freelancer dos Estados Unidos, referindo-se à adoção da dieta há alguns anos, quando sua perda de peso acabou levando a um compromisso para a vida toda. “É o buraco do coelho da Alice. Você começa a pensar que, se é capaz de melhorar a dieta seguindo velhos princípios, talvez também possa melhorar outras coisas na sua vida, e a lista é interminável”.

Doenças. Em linhas gerais, a história por trás da dieta do homem das cavernas é que as dietas modernas, ricas em grãos, amidos, derivados de leite e açúcar processado não são o que o corpo humano evoluiu para consumir, tendo contribuído para diversas “doenças da civilização”, como o diabetes e os problemas cardíacos.

É por isso que os líderes do movimento, como Loren Cordain e Robb Wolf, defendem uma dieta “selvagem”, similar à dos caçadores-coletores paleolíticos que ainda não tinham aprendido a cultivar e consumir grãos.

Mas é claro que a Paleo tem seus críticos. A ciência por trás do fenômeno tem sido muito debatida: alguns nutricionistas dizem que os alimentos proibidos, como grãos e derivados de leite contêm nutrientes importantes, como o cálcio, as vitaminas B e D, antioxidantes e fibras. Elizabeth Kolbert, que realizou recentemente um teste da dieta para a revista “New Yorker”, também destacou que uma dieta baseada primariamente em carnes representa um significativo impacto ambiental.

Assim, os defensores descobrem que a vida paleolítica é um esforço diário. Michelle Tam, 40, ex-farmacêutica, adotou um regime de sono ancestral há quatro anos, quando queria enfrentar a preguiça e um pneuzinho que custava a sair. Mas a prática não parou quando ela se livrou dos quilinhos a mais.

Ela abandonou o emprego no hospital e se transformou em uma espécie de Martha Stewart da dieta paleolítica. Seu blog de receitas, o Nom Nom Paleo, atrai mais de 100 mil visitas por dia.

Fonte: O Tempo

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