Diabetes não controlado pode ocasionar Doença Renal Crônica

fevereiro 12, 2015
admin
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A crescente prevalência do diabetes no Brasil e no mundo tem tornado mais frequente também a ocorrência de Doença Renal Crônica. Quando associado ao diabetes, esse problema se desenvolve de maneira silenciosa e gradativa, podendo ocasionar a perda de função renal e a necessidade de tratamento com diálise ou transplante, impactando na qualidade de vida e aumentando o risco de morte prematura. Nos Estados Unidos, o diabetes melito é a principal causa para iniciar o tratamento dialítico e no Brasil, a segunda causa, perdendo apenas para hipertensão arterial.

Também conhecida como nefropatia diabética, a Doença Renal Crônica em pacientes com Diabetes é resultado da longa exposição à glicemia elevada, associada ao mau controle da pressão arterial, dos níveis do colesterol, do hábito de fumar, do aumento do peso e também de fatores genéticos. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, a chance de um portador de diabetes ter algum grau de nefropatia diabética é cerca de 30%.

Segundo o Dr. Américo Cuvelo Neto, Coordenador do Centro de Nefrologia e Diálise e Membro do Corpo Clínico do Centro de Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a insuficiência renal em estágio avançado nos pacientes com diabetes é caracterizada por aumento dos níveis de creatinina e uréia no sangue, e por sinais e sintomas como falta de apetite, fraqueza geral, náuseas, anemia, inchaço no corpo devido à retenção de água no organismo, aumento da pressão arterial, do potássio e acidose metabólica.

 “Neste quadro, o rim é incapaz de controlar a concentração de vários sais vitais para o corpo, do volume de líquido e de excretar substâncias tóxicas ao nosso organismo. Nesta fase, é necessária a utilização da terapia renal substitutiva, ou seja, a diálise. Além disso, quando o diabetes afeta os rins, o controle glicêmico deve ser individualizado e é preciso pesar os riscos devido à maior chance de ocorrência de hipoglicemia”, afirma Dr. Américo.

Todo paciente diabético deve realizar um teste, ao menos uma vez ao ano, para checar a ocorrência de perda de albumina na urina. Esta anormalidade é conhecida como microalbuminúria e ocorre em geral anos antes do aumento da pressão arterial ou da perda da função renal, que é estimada pelo ritmo de filtração glomerular, que utiliza a dosagem de creatinina no plasma como um dos parâmetros. Esse acompanhamento do paciente diabético é fundamental para que a doença não evolua para a insuficiência renal.

Prevenção A prevenção da nefropatia diabética depende do bom controle glicêmico, principalmente nos primeiros dez anos após o diagnóstico do diabetes, no controle da pressão arterial, na dieta sem excesso de proteína, na parada do hábito de fumar, na redução do peso e no controle dos níveis das gorduras do sangue.

É importante também que o paciente seja orientado a não utilizar, sem acompanhamento médico, remédios que potencialmente possam lesar o rim e que exames rotineiros sejam realizados para checar a presença de proteína na urina ou se o ritmo de filtração glomerular está em declínio ou não.

Fonte: O Tempo

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